quinta-feira, 1 de março de 2012

Sem Kadafi, o mundo ficou mais triste


O jovem oficial que liderou uma revolução libertadora na Líbia – Al Fateh – deixou o mundo mais triste com sua morte. Ele faz falta nos noticiários internacionais, onde ocupava a cena desafiando as potências imperialistas. Ele faz falta no seu país, hoje tomado por bandos armados sem lei e sem respeito.
Ao consolidar o poder popular na Líbia, o pequeno país que se transformou em exemplo para todo o mundo sob sua liderança, ele elegeu os principais inimigos da humanidade: o imperialismo, o sionismo e o racismo. Desta forma mandou uma mensagem clara aos dominadores do mundo, os norte-americanos e sionistas que controlam e manipulam a economia mundial e o sistema financeiro internacional.
As atenções de todo o mundo se voltaram para aquele pequeno país encravado entre os desertos do Sahara e do Magreb El Arab, e todos se perguntavam, como seria possível um beduíno de Sirte desafiar as maiores potências mundiais e as forças ocultas que conspiram e derrubam impérios ao longo dos séculos? E lá estava ele, um beduíno, magro, de estatura mediana, com seu sorriso radiante, colocando o dedo na ferida dos poderosos, denunciando o processo de colonização europeu na África, exigindo reparação e indenização para os países africanos que foram não colonizados, mas invadidos e saqueados pelos europeus ao longo dos séculos.
Na cena seguinte, o beduíno daquele pequeno país estava nas Nações Unidas rasgando a Carta das Nações e denunciando que a ONU não passa de uma marionete nas mãos das potências imperialistas, levando guerras e destruição aos pequenos povos e países.
Ao visitar a Itália em 2010, Kadafi colocou no peito as fotos dos principais mártires líbios durante a colonização – ocupação – italiana na Líbia.
Kadafi não apenas denunciava a farsa da democracia ocidental, expondo seus erros e crimes, mas oferecia o próprio exemplo de uma liderança digna e honrada ao construir o maior rio artificial do mundo para irrigar o deserto e as cidades líbias, o Grande Rio Verde, que retirava água dos lençóis subterrâneos do rio Nilo e os levava através de canalizações gigantescas cruzando todo o país para beneficiar o seu povo. As instalações do Grande Rio foram bombardeadas pela Otan a serviço da ONU. As cidades líbias hoje sem água sentem a falta de Muamar Kadafi, martirizado por traidores e mercenários.
As monarquias corruptas árabes, protegidas pelo imperialismo e pelo sionismo, roubam as riquezas do povo para fins egoístas e ditatoriais, e não são incomodadas pela ONU ou pela Otan. A lei das Nações Unidas e Otan é proteger governantes corruptos, traidores ou covardes, e assassinar as lideranças autênticas, aquelas que lutam pela libertação dos povos. A determinação das Nações Unidas é transformar o mundo em um governo mundial, dirigido por imperialistas norte-americanos e sionistas, para escravizar todos os povos e nações.
É um mundo muito triste este preconizado pelos poderosos, e Kadafi faz muita falta porque ele combatia esses canalhas engravatados que posam de governantes “democráticos”.

José Gil

Um comentário:

  1. Concordo plenamente com suas palavras.
    Gaddafi, um Grande Líder Beduíno de Sirte que o Mundo não esquecerá.
    Saudações.

    ResponderExcluir