terça-feira, 20 de setembro de 2011

Kadafi denuncia ‘terrorismo da Otan contra população de Sirte’



Kadafi cobrou do Conselho de Segurança da ONU que assuma a responsabilidade pelas atrocidades que a Otan está perpetrando contra os civis na cidade de Sirte e Bani Walid, entre outras
O líder líbio Muamar Kadafi enviou carta ao Conselho de Segurança da ONU através da qual cobra o fim do “terrorismo e da destruição que estão sendo praticadas pela Otan na localidade de Sirte, que não têm precedentes na história das guerras”. O teor da carta foi divulgado pela TV Al Rai nesta quarta-feira, 14.
“Se Sirte for isolada do mundo, de forma que as atrocidades possam ser cometidas contra a cidade e sua população, então o mundo não deve se isolar dela”, adverte Kadafi.
O dirigente da revolução líbia cobrou ainda do Conselho de Segurança da ONU, a responsabilidade pelos crimes que a Otan está perpetrando no país. “Vocês devem assumir suas responsabilidades internacionais imediatamente para parar este crime”, afirmou Kadafi.
É, sem dúvida, muito estranho que o Conselho de Segurança, que deu a permissão para a Otan implantar uma “zona de exclusão aérea”, supostamente para defender os civis líbios”, até hoje não tenha nem se pronunciado a respeito dos crimes dessa Organização, que passou a matar os civis líbios, bombardear casas, hospitais, escolas, emissoras de TV e rádio, além de destruir a infraestrutura de água e eletricidade, tornando a vida dos civis um inferno. Tudo isso é o contrário do foi aprovado resolução 1973, e nem por isso, o secretário-geral tossiu ou mugiu até agora.
O site Blumberg dá mais dados que confirmam a denuncia de Kadafi sobre as atrocidades da Otan em Sirte: sob a responsabilidade da Otan, a eletricidade da cidade com 100 mil habitantes foi cortada, a água já escasseia e os alimentos também. Aos membros do Conselho de Segurança da ONU.
Na segunda feira, 12, Kadafi já fizera outro pronunciamento ao povo líbio. “Não vamos submeter a Líbia ao regime colonial, como gostariam os traidores. Agora não há outro caminho que não seja a luta até a vitória. Vamos esmagar a traição”, conclamou o líder líbio Muamar Kadafi, em entrevista que foi ao ar pela TV Al Rai.
Conforme o líder líbio, diante da ação criminosa dos invasores e de seus bombardeios, a situação está cada vez mais clara: “houve um golpe armado contra a nossa revolução e o poder dos Comitês Populares”. “É o retorno dos esforços para fazer o nosso país retroceder ao que era antes da revolução, uma propriedade das companhias ocidentais e não do povo líbio, para escravizar o povo depois que se tornassem os mandantes”, frisou.
Ao exortar a resistência em todos os rincões do país norte-africano, o líder líbio destacou que os motivos por detrás dos golpistas que se apoiam na “bandeira da humilhação e da desonra são amplamente conhecidos”, evidenciados na troca de sangue por petróleo, na morte de milhares de inocentes.
“Não há outra escolha para o povo líbio do que derrotar aqueles que vão contra a essência da revolução. É inaceitável entregar nosso petróleo aos franceses e não vamos nos permitir escravizar depois de nos realizarmos como donos das nossas riquezas. Deus está acima de todos os agressores”, enfatizou.

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