terça-feira, 2 de agosto de 2011

Combates entre rebeldes líbios deixam 8 mortos



Os combates internos acontecem após o assassinato do comandante militar dos insurgentes, Abdel-Fattah Younis, morto pelos próprios rebeldes na semana passada
Líderes dos insurgentes líbios disseram nesta segunda-feira que suas forças fizeram uma caçada a partidários do líder Muamar Kadafi pelas ruas e bairros de Benghazi. Segundo eles, os supostos partidários de Kadafi estavam se infiltrando nas forças rebeldes. Combates ocorreram na madrugada desta segunda-feira, deixando pelo menos oito mortos e aumentando a sensação de crise e insegurança entre os rebeldes líbios.
Os combates internos acontecem após o assassinato do comandante militar dos insurgentes,Abdel-Fattah Younis, morto pelos próprios rebeldes na semana passada. A liderança do Conselho Nacional de Transição, em Benghazi, insiste que Younis foi morto por apoiadores de Kadafi.
O Conselho Nacional de Transição – criado pelas potências estrangeiras que desejam ocupar a Líbia - afirma que suas tropas combateram no domingo e na madrugada de hoje insurgentes que pertencem à unidade al-Nidaa, a qual seria formada por soldados que desertaram de Kadafi e que secretamente seriam leais ao governante.
Um funcionário das forças insurgentes afirmou que as suspeitas a respeito dos al-Nidaa foram confirmadas, quando a inteligência determinou que a unidade estava por trás de dois motins prisionais que irromperam em Benghazi na sexta-feira. Entre 200 e 300 detentos conseguiram fugir, incluídos combatentes que lutavam a favor de Kadafi. Os outros foragidos eram partidários de Kadafi, soldados do exército regular, policiais e detentos acusados de lutar contra os rebeldes.
"Essas pessoas se aproveitaram do caos que resultou da morte de Younis e atacaram a prisão militar e a prisão civil de Kuwaitiya", disse o vice-ministro do Interior dos insurgentes, Mustafá al-Sagezli, reconhecendo duas grandes derrotas para os grupos financiados pela CIA e Otan.
No domingo, os insurgentes atacaram supostos combatentes da unidade al-Nidaa em uma fábrica onde eles se aquartelavam. O ataque teria ocorrido após os rebeldes serem intimados à rendição e se recusado a tal. O ministro da Informação dos rebeldes, Mahmoud Shammam, afirma que 4 combatentes da Al-Nidaa foram mortos, mas se recusou a revelar o número de rebeldes mortos em combates com as forças pró-Kadafi.
Um oficial insurgente que participou da operação, Ismail Salabi, afirmou que 4 "falsos" rebeldes foram mortos e 25 capturados.
Desde a morte do comandante militar dos rebeldes tem reinado a confusão, traições e deserções entre os grupos que desejam dividir a Líbia para permitir o roubo de petróleo (exatamente como acontece no Iraque) por parte dos governos imperialistas da França, Estados Unidos da América e Inglaterra.
Enquanto os rebeldes caminham para uma fragorosa derrota nos próximos dias, os aviões da Otan continuam atacado alvos civis em diversas cidades da Líbia, destruindo a infraestrutura, bombardeando viadutos, rodovias, pontes, hospitais, escolas, com total impunidade.

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