quarta-feira, 29 de junho de 2011

Bombardeios norte-americanos atacam civis




Por Stephen Lendman

Operações aéreas e terrestres dos EUA estrategicamente atacam civis como alvos, não obstante o Pentágono (e a OTAN) negue. Eles mentem apesar da clara evidência refutando os mesmos. Seu último crime matou 19 líbios, todos civis, incluindo mulheres e oito crianças, dão desculpas falsas e enganosas quando o fazem.
A OTAN (código para Pentágono) com duplicidade chamou de "ataque de precisão contra um alvo militar legítimo - um nó de comando e controle, que esteve diretamente envolvida na coordenação de ataques sistemáticos contra o povo líbio".
Falso! A OTAN atacou a propriedade privada de Khweildy AL-Hamidy, um aliado do Khaddafi, assassinando civis debaixo de escombros, o porta-voz do governo Líbio Moussa Ibrahim disse:
"Isso é uma lógica muito distorcida. Então você mata crianças. Você mata mães. Você mata pais, tias e tios, e, em seguida, tenta explicá-lo pela lógica política militante distorcida”.
Desde que os atentados terroristas da OTAN começaram 19 de março, há uma média de aproximadamente nove mortes de civis por dia, além de centenas desconhecidos mortos por assassinos rebeldes em suas áreas de controle, assassinando qualquer suspeito de ser pro-Khaddafi – o que relatos da mídia ocidental e governos não vão explicar.
Numerosos relatos confirmam, incluindo a TELESUR em 3 de junho, dizendo:
"Ativistas britânicos verificaram as consequências dos ataques da OTAN contra civis na Líbia. Um porta-voz do Grupo Civis Britânicos para a Paz (BCP)” juntamente com ativistas francês, alemães, italianos e regionais confirmaram a morte de não combatentes. Eles também “não encontraram nenhuma evidência do exército líbio bombardeando civis", mas observaram atrocidades dos bombardeios da OTAN em primeira mão.
Dale Roberts, porta-voz do BCP, disse em duas visitas a Líbia:
"Eu vi e testemunhei os efeitos do bombardeio aos civis. Isto incluiu escolas, hospitais, infraestrutura e áreas civis," sem relação com instalações militares.
Roberts acrescentou que o Reino Unido e a mídia ocidental suprimem as verdades por que:
"A opinião pública europeia é contra uma guerra que não foi debatida no Parlamento, mesmo no meu país, a Grã-Bretanha", acrescentando:
"Uma das principais razões pelas qual” a Resolução da ONU 1973 passou foi porque "A Líbia estava sendo acusada e era responsável pelo ataque a civis desarmados. Eles são falsos. Visitamos as áreas em Trípoli (citada pela Resolução das Nações Unidas), e é claro que essas áreas não foram atacadas”.
Como todas as guerras norte-americanas, mentiras facilitam o terror e o bombardeio da Líbia. Elas incluem alegações infundadas, como massacres por déspotas a civis ou ameaças aos países vizinhos com armas de destruição em massa alimentando o medo e obtendo o apoio popular.
Em seu livro "A guerra é uma mentira", David Swanson explica "temas comuns no negócio mentiroso da guerra, mentiras que acabam voltando como zumbis que não morrem." E não importam quantas vezes elas sejam expostas mais tarde, elas são usadas de forma eficaz, porque são gerenciadas pelos grandes meios de comunicação que as repetem, sabendo que elas são falsas, mas fazem de qualquer forma cumplices com crimes do Estado.
Salvo em legítima defesa, as guerras não são nunca justificadas, legítimas ou legais, especialmente as Americanas, a única superpotência global a não enfrentar nenhuma ameaça externa, os manufaturados garantem mais conflitos para aumentar a expansão imperialista e o domínio incontestável, não importando a contagem de corpos para alcançá-los.
Como resultado, o mesmo padrão se repete, seguindo de uma agressão para outra ou as multiplicando simultaneamente, ilegalmente, e desastrosamente, levando a América rumo à tirania, a ruína, e eventualmente a falência. Moralmente ela tinha esse status por gerações, notoriamente desde a Segunda Guerra Mundial.
"Em um mundo com tantas incertezas e atores imprevisíveis", diz Immanuel Wallerstein, “o mais perigoso ‘empunhando armas’ é... os Estados Unidos.”.
Por exemplo, os chamados ‘Equipes da morte’ do Pentágono assassinam com impunidade. Alguns recolhem partes de corpos como lembranças ou troféus como os militares dos EUA fizeram na Segunda Guerra Mundial, mutilando japoneses mortos, assim como mais tarde na Coréia, Vietnã, Iraque e Afeganistão, alimentando depravação inculcada em jovens recrutas durante o treinamento.
Esquadrões da morte dos EUA também têm sido usados em guerras dos EUA desde a Segunda Guerra Mundial. Durante a Guerra Coreana, dezenas de milhares foram assassinados, e no Vietnã, a revista CounterSpy chamou a Operação Phoenix "o mais indiscriminado e massivo programa de assassinato político desde os campos de extermínio nazistas", talvez ultrapassando o pós-9/11 no Iraque, Afeganistão, Paquistão, Líbia e numerosas guerras por procuração, tendo um terrível pedágio de vidas humanas somente nas operações de combate.
Além disso, desde a Segunda Guerra Mundial, os atentados terroristas dos EUA mataram milhões de não combatentes a fim de assustar os inimigos para submissão dos mesmos, o que é comum agora no Afeganistão, Paquistão e Líbia, assim como antes no Iraque e poderia ser retomada, se ordenado.
O sociólogo Emile Durkheim disse uma vez: "A imoralidade da guerra depende totalmente dos líderes que a quiseram." Na América, é claro, são da alta administração e funcionários do Pentágono. Em seu discurso de abertura em Nuremberg, o juiz Robert Jackson denunciou “homens que possuem grande poder e fazem uso deliberativo e concertado do mesmo para colocar em movimento males que não deixam uma casa no mundo intocada.”.
Chamou-os "homens de estação e posição (que não) sujam (suas) mãos com sangue", mas usam "pessoas sem expressão" para fazê-lo, cometendo crimes de guerra e contra a humanidade para melhorar seu status e privilégio.
Como resultado, no Iraque e no Afeganistão, as forças dos EUA ainda ordenam as tropas a matar todos os militares mais velhos à vista. Além disso, durante treinamento, os inimigos são desumanizados para tornar fácil, programando os recrutas a sentirem-se sem culpa sobre crimes horríveis.
No entanto, as leis internacionais e dos EUA são claras e inequívocas, incluindo o Manual de Campo do Exército dos EUA (FM) 27-10 que incorpora princípios de Nuremberg, Julgamento e da Carta e da Lei de Guerra Terrestre (1956):
- parágrafo Nº 498 FM afirma que qualquer pessoa, militar ou civil, que comete um crime sob a lei internacional é responsável por isso e pode ser punido;
- parágrafo Nº 499 define crime de guerra;
- parágrafo Nº 500 refere-se a uma conspiração, tentativas de cometê-la e condescendência em relação a crimes internacionais;
- parágrafo Nº 509 nega a defesa de ordens superiores na prática de um crime, e
- parágrafo Nº 510 nega a defesa de um "ato de Estado" para absolvê-los.
Dois pontos são fundamentais:
- Estas disposições se aplicam a todo militar dos EUA e civis, incluindo altos comandantes, ao secretário de Defesa, seus subordinados, e ao Presidente e Vice-Presidente dos Estados Unidos, e
- Nos termos da Cláusula de Supremacia da Constituição (artigo VI, parágrafo 2), todas as leis e tratados internacionais são a ‘lei suprema do território’.
No entanto, as forças dos EUA cometem atrocidades regulares, no Afeganistão há quase uma década, os comandantes do Pentágono desdenhosamente dizendo que as operações continuarão a fim de atingir as metas que incluem a morte de civis, não importando quantos afegãos alienados se tornem recrutas do Taliban contra um ocupante odiado.
Por que não. Quando atentados terroristas matam famílias inteiras, incluindo crianças. Quando as tropas bandidas conduzem no meio da noite invasões a casas, intimidando, prendendo, e às vezes matando gratuitamente. Quando o zumbido do controle-remoto mata como esporte. Quando as pessoas estão desabrigadas, com fome, desempregadas e destituídas porque os Estados Unidos vieram, ocuparam e não deram a mínima para as necessidades humanas.
Depois de aterrorizar os iraquianos, em junho de 2009, Stanley McChrystal assumiu o as forças do comando dos EUA / OTAN no Afeganistão para fazer o mesmo lá. Anteriormente, ele chefiou o infame Comando de Operações Especiais (CJSO) do Pentágono, de fato operações do esquadrão da morte para matar com impunidade.
Depois de sua demissão, um ano depois, David Petraeus (diretor designado da CIA) dobrou os ataques aéreos da OTAN e aumentou os ataques do terror das Forças Especiais para infligir mais morte e destruição contra pessoas que não vão parar de resistir até a ocupação da América terminar.
É claro, principalmente os civis sofrem, o que a reportagem dos principais meios de comunicação não vai explicar, regurgitando as mentiras do Pentágono sobre ataques militantes bem sucedidos, suprimindo as verdades para deixar que as guerras imperiais devastem, chamadas fictíciosamente de libertadoras.
Na verdade, quando Washington quer a guerra, nada impede os oficiais de travá-la ou várias ao mesmo tempo, inventando motivos para justificar o que só massas ingênuas e co-conspiradores acreditam.
Assim, quando Obama diz "nós" temos autoridade moral para libertar os iraquianos, afegãos, paquistaneses, líbios ou de outras nações que ele ataca, o ganhador do Prêmio Nobel Harold Pinter, uma vez refletiu em Janeiro de 2000, na então, ilegal operação 1999 Sérvia / Kosovo, dizendo:
"Quando eles disseram “(nós) tínhamos que fazer algo”, eu disse: Quem é esse "nós" exatamente que você está falando?... Sob qual comando o ' nós ' age, sob que leis? também, a noção de que esse ‘nós’ tem o direito de agir”, disse eu, pressupõe uma autoridade moral de que este 'nós' não possui a mínima! Isso não existe!"
Na verdade, é tão imoral, antiético e ilegal como para assassinos em série, motivados por qualquer motivo, incluindo paixão pela violência, recompensas reais ou delirantes.
Quando “nós” é uma nação, não sociopatas, o ambíguo Orwelliano disfarça os motivos reais enganosamente. Por exemplo, Obama chama os ataques líbios de uma "ação militar de tempo limitado, escopo limitado", não uma guerra, não importando quantas mortes e destruição seja infligida.
Assim, alegando o artigo constitucional 2, seção 2 autoridade como comandante das forças armadas em comando, de fato, viola o artigo 51 da Carta da ONU, que proíbe ataques contra outras nações, exceto em legítima defesa, e somente até que o Conselho de Segurança aja.
Além disso, o artigo 1 da Constituição, seção 8 é violado, a concessão para declarar guerra é de competência exclusiva do Congresso, nunca do executivo unilateralmente, por qualquer razão ou por qualquer motivo insignificante disfarçado.
Guerra é guerra. É também o inferno no final das contas, perniciosa aos combatentes, e prejudicial a nível nacional, quando as necessidades populares não são satisfeitas.
Como Chefe Executivo, Obama é responsável por assassinato em massa e destruição. Se as regras do direito importassem, ele seria acusado, condenado e preso por grandes crimes - de fato, crime internacional supremo contra a paz e outros relacionados a este.
Em vez disso, ele vai terminar seu mandato atual, provavelmente será reeleito, e deixará o cargo recompensado com vários milhões de dólares no Hall de negociações e com convite para palestras custando seis dígitos para exaltar uma condenação em um tribunal de direito, sendo ele inteiramente responsável por grandes crimes, exigindo punição severa. Na verdade, somente as vítimas enfrentam esse destino.

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