segunda-feira, 4 de abril de 2011

Navio turco comprova tragédia humanitária na Líbia causada pela coalizão


Os ataques da coalizão de países imperialistas à Líbia estão causando uma tragédia humanitária da maior gravidade, sob o silêncio criminoso e cumplicidade da ONU.
Neste domingo chegou a Benghazi o navio turco Ankara, transportando 250 pessoas feridas retiradas de Misrata, a terceira maior cidade do país. Em Benghazi o navio receberá mais uma centena de feridos para levá-los a hospitais no porto turco de Cesme, uma vez que os hospitais de Misrata e Benghazi estão lotados e não conseguem atender a população vítima dos ataques da coalizão internacional (EUA, França e Inglaterra) e dos grupos rebeldes criminosos.
Tripulantes do navio informaram que existe um verdadeiro caos em Misrata. O navio foi transformado em hospital improvisado para retirar os feridos, após quatro dias de espera por uma autorização para atracamento. Ao levantar âncora, centenas de egípcios tentaram embarcar no navio para fugir da região, dezenas dos quais se atiravam ao mar de forma desesperada.
Médicos a bordo do navio turco disseram que muitas das pessoas tinham ferimentos graves.
O ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, ordenou que o navio Ankara fosse transformado em um hospital improvisado para retirar os feridos de Misrata e Benghazi, para evitar uma tragédia humanitária ainda maior.
O Ankara deve recolher mais uma centena de rebeldes feridos em Benghazi antes de se dirigir ao porto turco de Cesme, onde os feridos deverão receber tratamento em um hospital mais bem equipado e com suprimentos, segundo as autoridades turcas. Eles contaram que as cidades não tem água nem energia elétrica e que ninguém estava protegido de bombardeios ou de disparos de atiradores.
O cerco das forças pró-Kadafi aos rebeldes continuava nesta segunda-feira, com combates verificados próximos à universidade de Brega, a leste de Benghazi.
O Conselho Nacional de Transição, criado pelos países imperialistas da coalizão, fez um apelo à Otan (aliança militar ocidental, que vem coordenando as ações militares terroristas na Líbia) por novos bombardeios e pediu que governos estrangeiros enviem armamentos e dêem treinamento militar aos opositores. Em resumo, um pequeno grupo de insurgentes pede a tropas estrangeiras a invasão do seu país e o assassinato do seu próprio povo. É uma incoerência que só encontra eco na mídia ocidental que defende os interesses criminosos dos países imperialistas em sua guerra para roubar petróleo.
Os rebeldes que tem a sede de sua organização em Washington, e contam com o apoio de grupos da Al Qaeda interessados em criar uma base avançada no leste da Líbia para atacar a Europa, já foram derrotados pelo povo líbio, mas resistem em poucos locais apoiados pelas forças estrangeiras, financiados pela CIA.
Os países da coalizão – EUA, França e Inglaterra – tentam derrubar o líder Muamar Kadafi para criar um governo fantoche, como fizeram no Afeganistão e Iraque. Mas Kadafi deu ao povo líbio o maior IDH da África, maior até que o IDH do Brasil, Argentina e alguns países europeus. Construiu o Rio Verde, o maior rio artificial do mundo, retirando água dos lençóis freáticos do Nilo para irrigar o deserto e dezenas de cidades líbias. E acima de tudo, criou a Democracia Direta, a Terceira Teoria Universal, onde o povo governa sem intermediários. Todos esses feitos contrariam os interesses criminosos das potências ocidentais, cujas riquezas são baseadas no roubo das riquezas naturais dos pequenos povos e nações.

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